Revisto e Atualizado | Sexta - feira / 20h41 Por Nicholas MerloneCena 1 - Generalidades sobre Racismo
O racismo é um mal que afeta toda a sociedade. Seja pelo mundo, seja pelo Brasil. Na política ou nas empresas. Nas ruas, pontos de ônibus, bares ou esquinas. Sem deixar de lembrar nos estádios de futebol, onde as torcidas gritam "macaco" ou atiram bananas nos campos. Trata-se, assim, com razão, de um anacronismo encrustrado nas engrenagens e estruturas sociais dos Estados, oriundo, principalmente, das relações coloniais do passado, bem como de reminiscências da escravidão.
Cena 2 - Racismo sob Olhar Internacional
O racismo é um mal que afeta toda a sociedade. Seja pelo mundo, seja pelo Brasil. Na política ou nas empresas. Nas ruas, pontos de ônibus, bares ou esquinas. Sem deixar de lembrar nos estádios de futebol, onde as torcidas gritam "macaco" ou atiram bananas nos campos. Trata-se, assim, com razão, de um anacronismo encrustrado nas engrenagens e estruturas sociais dos Estados, oriundo, principalmente, das relações coloniais do passado, bem como de reminiscências da escravidão.
Cena 2 - Racismo sob Olhar Internacional
No âmbito internacional, temos, como exemplo, a Declaração sobre a Raça e os Preconceitos Raciais - Aprovada e proclamada pela Conferência Geral da
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura,
reunida em Paris em sua 20ª reunião, em 27 de novembro de 1978.
Cena 3 - Racismo sob Olhar Constitucional
Nossa Constituição brasileira assegura, enquanto fundamento do Estado Democrático de Direito, a soberania popular. Ou seja, o verdadeiro detentor do Poder político é o Povo. O povo, assim, exerce o poder diretamente ou por meio de representantes eleitos. Mas, veja bem, apesar de ser representado pelos políticos, de fato é o povo o legítimo e genuíno detentor do Poder político.
Nesse
sentido, a Constituição brasileira garante também a cidadania. Isto é, o
povo brasileiro detém a possibilidade de atuar e participar das
discussões e decisões políticas.
Igualmente, a
dignidade da pessoa humana é assegurada a todos. Com efeito, o mínimo
existencial deve ser garantido a todos. Uma existência digna, então,
deve ser buscada para que todos sobrevivam com o mínimo de decência.
Também
não poderíamos deixar de falar da importância dos valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa. Assim, o mercado de trabalho deve
observar a justiça social em suas relações. Por outro lado, os
empresários têm a liberdade de empreender e realizar negócios,
contratando a mão-de-obra necessária, observados os direitos
trabalhistas.
E ainda cabe tratarmos do
pluralismo social, de modo que busquemos conviver em uma sociedade
harmônica, com respeito a diversidade e diferença.
Com
efeito, infelizmente, o racismo se evidencia em nossas relações
sociais. Porém, o povo soberano, cidadão, mirando a dignidade, com
direitos sociais, e atuante no mercado de trabalho, além de plural e
diverso, deve buscar concretizar os valores sociais na realidade
concreta. E extirpar o racismo dos mecanismos sociais.
Sabemos
que nas relações trabalhistas os negros ganham menos e sofrem racismo.
Mas, a sociedade deve se organizar e mobilizar, e perseguir a
concretização dos direitos dos negros. Há a liberdade de expressão e
reunião previstas em nossa Constituição. Assim, é possível nos
mobilizarmos e reinvindicar os direitos em pauta.
Muito
importante, no contexto, é buscar a materialização da Constituição, bem
como sua força normativa plena. Ou seja, em simples palavras, nada mais
do que a efetivação na sociedade do conteúdo disposto na Lei Máxima,
para que não vire letra morta e, então, produza efeitos sociais
concretos na realidade.
O racismo é crime
inafiançável e imprescritível. Não pode ser equipado a crime hediondo,
embora o projeto do novo código penal preveja que o racismo seja
considerado crime hediondo.
Cena 4 - Racismo e Legislação Infraconstitucional
Cena 4 - Racismo e Legislação Infraconstitucional
Importa,
nessa direção, lembrarmos da Lei Federal n. 7.716/1989. Tal diploma
legal prevê o crime de racismo. Trata-se, com razão, de um crime contra a
coletividade. Não se trata, assim, de crime contra uma pessoa ou grupo
específico. Exemplos: “todo negro é macaco”, impedir acesso a bar ou
restaurante, ou ainda a elevador social de um edifício.
Cena 5 - Liderança Negra
Cena 5 - Liderança Negra
Nos
Estados Unidos, no passado, tivemos líderes ativistas negros, como
Martin Luther King e Malcolm X. No Brasil, tivemos, por exemplo, Zumbi
dos Palmares. Hoje no Brasil, infelizmente, nos resta a triste lembrança
de Marielle. Uma ativista negra na sociedade brasileira contemporânea
assassinada, por buscar justiça social aos menos favorecidos.
Cena 6 - Até quando!?
Cena 6 - Até quando!?
Até
quando!? Até quando, Brasil!? Até quando, interrogo!! Até quando, mais
precisarão morrer para que haja respeito, empatia, compreensão, harmonia
e mesmo tolerância!?
Cena 7 - Filósofo e Filosofia | Negros na Ágora Negra
Cena 7 - Filósofo e Filosofia | Negros na Ágora Negra
Caminhando ao fechamento das cortinas do palco, lembro brevemente, antes de fechar as cortinas, mas sem perder importância, das reflexões de Achille Mbembe. Expoente acadêmico, de origem dos Camarões, nascido em 1957, é, hoje, professor de Ciência Política, em Universidades americana e sul-africana. O autor escreveu a recente obra "Crítica da Razão Negra". Em seus estudos, o autor reflete sobre a condição negra, o racismo e tudo o que contribuiu para perpetuar a prática racista na sociedade contemporânea, partindo de origens remotas da História.
Cena 8 - Fecham-se as cortinas do palco e degusta-se a cereja!
Para finalizar, deixo a cereja do bolo, para degustação, após o término das cenas:
Cena 8 - Fecham-se as cortinas do palco e degusta-se a cereja!
Para finalizar, deixo a cereja do bolo, para degustação, após o término das cenas:
"Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração."
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração."
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